sexta-feira, 30 de outubro de 2009

"A Desnecessidade da Autoanálise"

...Se eu for parar pra pensar em quem sou eu, certamente, não haverá respostas, mesmo porque, às vezes, dá um “nó” tremendo em minha cabeça. Alias, minha cabeça tem estado bem vazia, nos últimos tempos. É...- De tanto pensar nas definições à minha passagem por estas ‘bandas’, aqui desse mundo sem fronteiras, cheguei à conclusão de que nada adianta fazer prognósticos, quando, na verdade, isso não vai me levar a lugar algum. Tudo com o que eu não devo me preocupar é, exatamente, com a minha identidade como ser humano, pois, hora, acreditamos numa condição que parece ser a mais maciça e precisa sobre a importância de nossa existência e nossas opiniões, noutra, tudo o que se ‘plantou’, em busca do equilíbrio pessoal, vai por água abaixo, por motivos diversos e, então, eu me questiono:
Há fundamento?
E a reposta fica no vácuo...

The man without a face!
__________________

Talvez, um dia, haja uma resposta simples, rápida e rasteira para esta ‘baboseira’ toda...

BMF
22:45h
30102009

Posicionado, precisamente, no vácuo...

domingo, 9 de agosto de 2009

'Nos Jardins de Capuava'

Crônica da Semana - 09/08/2009

'Nos Jardins de Capuava'

Hoje, ao vir para o meu trabalho, pude deparar com uma imagem, pra lá de paradoxal. - Muito interessante, como as coisas são:
Primeiro observei tudo ao meu redor...Carros apressados, 'fábricas cinzentas' a trabalhar a pleno vapor, pessoas desesperadas, em busca de progresso, cada qual em sua individualidade e, por fim, o 'trem', aparentemente 'desembestado' e 'furioso', a trazer mais e mais gente...Fluxo da insanidade absoluta! - Depois...
...Dentro desse espaço de tempo... - Ups!! - Um canteiro com flores...Nossa, quão surreal aquela imagem. Flores tão delicadas, quanto o nascer de uma criança...Verdadeira aquarela, em pleno caos da euforia industrial; capitalismo predatório que nos leva à tão indesejável insensibilidade! Temos a incrível capacidade de nos cegar para o que é óbvio: "A própria vida"!
E o que é a vida, então!!?? - É o dinheiro? É a tecnologia!? É o progresso material!? - Huummm !! Muitos dirão que sim, mas, e Deus!? Cadê !?? Onde Ele está...Onde Ele vive...Onde podemos encontrar?! Não se sabe, não é!? Claro, não se saberia! - (Rsr)! – Pela tamanha insensibilidade à que estamos submetidos, não seria nada fácil indentificá-Lo, Mas...
...O canteiro com flores nos JARDINS DE CAPUAVA!! Aaaahhhh, então, tá! - Sim...Deus pode estar, bem ali, a nos espreitar... ...Será que sim!!?? - Pode, SIM, naturalmente! Só depende da nossa sensibilidade que a cada dia, está por demais em baixa!!
E, SÓ PARA LEMBRAR: Deus está nas coisas mais simples!
É preciso 'PAZ' para perceber!

BMFº - 18:52h
Texto readaptado em 09/08/2009; elaborado, originalmente, em 06/06/2007

terça-feira, 28 de julho de 2009

Harmonia e Compreensão

Sobre a necessidade do autor reparar nos exageros causados pela dose excessiva de egoísmo, proveniente de um amor obcessivo.

Quando a gente põe a cabeça no lugar e "pondera" os fatos, vê que nem tudo é da forma como imaginamos.
Fica-se a fazer planos, leva os pensamentos a lugares e condições, ainda não alcançáveis, quando, na realidade, o melhor a se fazer é rever o passado, sem se alienar e, principalmente, VIVER o presente, ainda que este último passe tão rápido.
Aprende-se que, é preciso maturidade para entender e compreender os ansêios de quem se gosta, antes de enxergar, apenas o próprio umbigo! Estamos rodeados de incertezas para o futuro, porque, de qualquer maneira ele não nos pertence mesmo e, quando ele tem de acontecer, acontece e pronto; fica muito longe de nossa própria vontade e controle.
- Assim, o melhor que se possa fazer é dividir um "bem" maior que está dentro de cada um de nós, desejando 'paz', em todos os aspectos, pois é a dose certeira para quem quer, de fato, se sentir em equilírio consigo próprio.
A vida passa muito rápido.
Não há tempo a perder.
E nada se leva daqui, a não ser o que temos (de coração) a oferecer, no mais puro e verdadeiro sentimento de harmonia e luz.

Compreensão...
...Muita compreensão é o que precisamos, mutuamente, a favor de um mundo mais feliz!


BMFº
11:43h
28/07/2009

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Fel

'Uma Carta de Idignação.'
As linhas, a seguir, foram escritas, quando o autor havia sido notificado de que, não estaria mais em sua doce companhia.

'Fel'
Dias de sol fazem parte de nossas vidas!
E dias cinzentos, igualmente!
Hoje, pra ser mais exato, vivo um dia assim bem cinza! Olho pela janela e vejo a chuva cair suave e muitas nuvens a encobrir o céu. Olho pra dentro de mim mesmo e me vejo sem um pingo de vontade para as coisas ao meu redor. A chuva que cai dentro de mim não tem a mesma suavidade da chuva, lá fora, mas as nuvens acinzentadas, sim, estas são de igual teor, em ambos os lados. Porque há inquietação, angústia e muita tristeza. A chuva dentro de mim é de lágrimas. o por quê?
Porque, de um minuto para outro, vi o quanto estive à beira de ser feliz e, num piscar de olhos, a sensação, já não me era mais de alegria e felicidade! Tudo porque ALGUÉM me fez acreditar em doces sabores, quando na verdade, me enfiou, guela abaixo, um copo do mais 'autêntico fel'. Frieza total, sem cautela, sem pudor, sem piedade alguma.
Como se eu fosse um ZÉ-NINGUÉM, o pior dos seres.
Quanto egoísmo!
Quanta falta de sensibilidade!

Quanta decepção!
E o quanto que eu, ainda, devo aprender com as pessoas.

Já, estou cansado!
Muito cansado!
NUNCA SOUBE O QUE É SER PLENAMENTE FELIZ, DE FATO!

É sempre, assim...
...Vem alguém que, me "entorpece" tentando mostrar o paraíso (e, até consegue!); depois, como num passo-de-mágica, faz a cortina se abrir; a realidade aparece e a vida se mostra bem como ela é: ""nua e crua"".
Não há ilusões!
Há, sim, praticidade...Esperteza, sagacidade, lucidez e, acima de tudo, muita crueza na alma.
O coração!?
Blaá...(!) - Esse que vá pra 'casa-do-cacete'! - Porque serve, apenas, para 'trouxas' como eu, que vive a acreditar em amor e brilhos no olhar.

Chega!
Não dá mais pra viver nesses altos e baixos.
Daqui pra frente, serei eu mesmo e, apenas, POR MIM!
Não abro meu coração para mais ninguém.
Não deixarei que isso aconteça de novo.
NUNCA MAIS!!

E quanto às decepções, vou fazer questão de CUSPIR no latão de lixo da esquina mais próxima!
Só para tentar me desfazer deste sabor AMARGO que me vem à boca!

E me pergunto:
POR QUÊ?! -
Será que tenho merecimento?!
"...DEUS, COMO EU GOSTARIA QUE ISSO TUDO FOSSE, APENAS, UM SIMPLES PESADELO!..."
Acordar e ver que tudo não passou de um susto!
MAS, NÃO É! - E não foi um simples pesadelo!
É REAL!!


Siga seu caminho em PAZ, querida!
E, nunca mais, faça à outra pessoa o que me fez!
E, mesmo assim, desejo que Deus te guie!


BMFº
14:39h
24 07 2009
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sexta-feira, 10 de julho de 2009

‘Quando Dei por Mim...’

‘Quando Dei por Mim...’

(carta a alguém que me tem feito ver a 'vida' com mais generosidade e menos individualismo!) __

"...Quando a ficha caiu, você, já estava em meus braços. Parecia (E parece) um sonho, e aí pude perceber que a força de um desejo quebra barreiras, se ensurdece às maledicências, não vê tempo, nem tampouco faz a vida voltar para trás. Então, a gente torce pra que tudo dê certo...que o 'amor' da nossa vida esteja sempre protegido, porque o imaginamos frágil, indefeso, como uma linda taça feita do mais belo cristal.
Muda-se a forma de pensar, de agir...A idéia de 'paz' é uma constante, nos proporcionando mais calma, ponderação e sabedoria nas decisões. Até os hábitos vão mudando, diga-se de passagem...(Rsrsr!). Tudo fica em cores, a razão de viver passa a ter mais razão do que nunca e, se o mundo e o tempo se congelassem, para a eternidade, bem no momento de um abraço apaixonado, aí sim, nada de bom me escaparia aos olhos, tamanha a sensação de felicidade.
"Dona do meu caminho", ainda fico me lembrando de cada segundo, em que estivemos juntos. Tudo isso, já estava escrito.
E palavra:
Ainda, custo a acreditar que você existe!
Mas, você EXISTE!
Porque o 'Universo' me concedeu este presente!
O melhor deles!

Amo você para o sempre! ..."

Ass.: BENÊ - (Para 'Osana Silva')
Às: 20:12h
De: 08 07 2009

terça-feira, 26 de maio de 2009

O REPÚDIO AO ANALISTA (Uma "Bicuda" No Divã!)

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'O REPÚDIO AO ANALISTA'
(Uma "Bicuda" No Divã!)

“Pensamento, a partir da visão do autor, à necessidade de se responder sobre “quem sou eu?”, formulando o seu perfil em um site de relacionamentos.”
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(...) Nunca fiz questão de saber quem eu sou. Faz, mesmo, sentido saber? Acredito que não; embora, venha a ser o 'ponto-de-partida' para o equilíbrio da maioria dos que, aqui, lêem!
É Relativo, eu diria!
Na verve substancial que caracteriza a vida, o mais interessante, para um insano como 'eu', é sentir que faço parte de algo absolutamente grandioso como o 'Universo'. - ( De fato, é o que mais importa, sob minha ótica!) - Natural e humildemente, me posicionando como um minúsculo grão de areia, ao compôr esta vastidão sem fim. Ademais, vejo que a idéia do constante exercício, em se ver no fundo da alma, pode, nem sempre, nos levar aos melhores dos resultados; mesmo porque, a vida nos submete à situações e condições que, nos fazem reféns de nossas próprias dúvidas existenciais.Assim, prossigo! (...)
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Por: BMFº
Em: 12:24h
Às :25/05/2009
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domingo, 24 de maio de 2009

Crônica da Semana - ( Texto sobre carta à uma amiga no exterior - NARRATIVA)


Com Os Pés Na Terra!
Pela Ótica de Um Caboclo Urbano.
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A princípio, aparenta ser mais um emaranhado de ‘asneiras’ escritas por quem não tem o que fazer e que, de alguma forma, pretende ver o tempo passar, sem que se deixe nada escapar aos olhos e sentimentos, sempre atentos! É...
...Pode parecer, mesmo, mas nem vem ao caso. O que mais voga, aqui, no entanto, é a real intenção de descrever algumas passagens boas de minha vida a alguém que está muito longe e encontra-se quase na linha do “desespero” pela volta ao seu País de origem, planejada, há tão longo prazo.
Sabe(...?!...), colocar, literalmente no papel, as coisas que me ocorrem tem sido, desde sempre, um hábito, até, muito bom; às vezes, beira o vício...um ‘ópio’, uma compulsão que não vê freios! Algo patológico...e sem nenhuma sombra de exageros! Bate aquela inquietação típica...aquela extrema vontade de dividir com alguém que valha à pena o resultado da percepção de tudo que me está ao redor. É como se houvesse ( e há, de certo) a necessidade da “figura feminina” a me puxar pelas mãos, num incentivo sadio, obviamente, a inspirar-me, na cadência do dia-a-dia.
Peculiar a um sonhador desvairado, como eu, que faz questão de esconder-se entre quatro paredes, mas, ao mesmo tempo, com um enorme entusiasmo em se mostrar pela linguagem escrita. Faz disso um exercício característico da masturbação mental incessante. Um verdadeiro ‘vuco-vuco’ do intelecto! (...Rsrsr!...)
A essas alturas, a pergunta mais comum é:
- Mas, o que tem a ver o título “Com Os Pés Na Terra” com o que foi lido, até aqui!?
- O que tem esse nobre ‘cabeça-de-bagre’a dizer?
Antes de mais nada, eu gosto de dar uma breve justificativa a quem endereço estas linhas. Uma prévia, apenas!
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Vamos logo, então, ao que, de fato, nos direciona para o ‘tema central’.
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“...Hoje, sexta-feira, 22 de Maio de 2009, acordei bem cedo. Habitualmente, levantei-me, fui ao banheiro, lavei o rosto (e que água gelada! Parecia petrificar-me a pele), olhei-me no espelho e me deparei com a aquela cara de aspecto “amassado”, ainda tomado pelo sono que ia diminuindo, ao longo dos poucos minutos seguidos. Não houve susto porque, já é uma rotina comum a mim mesmo, afinal, são muitos anos de “espelho-espelho meu” e mesmo que, o ‘pobre vidro reflexivo’ nunca viesse se rachar ao meio, a franca sensação foi de que, deveria ter rachado, na certa! Se, até aqui, não o ocorreu, sorte minha e dele. Principalmente dele que continuará impávido a cumprir com a função que lhe foi destinada. (...Rsrrs!...) –
Seguindo adiante, fui à cozinha, coloquei a água pra ferver, preparei o restante; passei um café. Café de ‘macho’, forte mesmo, pra ninguém botar defeito. Café passado em coador de pano, coisa de “roça”! Autêntico! Provei, senti que estava bom! - (Fui bater a porta do outro quarto) - Chamei minha mãe que, lentamente, ia se despertando, não demorando muito a se levantar. Como toda mãe que se preze, se antecipava a dar-me recomendações, entre o que fazer e o que não fazer. Lá, de seu quarto, com à porta ainda fechada, ouvia sua voz, em tom acústico abafado, imperativamente:
‘-...Hey, o café! Não o faça muito forte...Faça pouco...duas colhes de sopa é o bastante! Por favor, não ponha açúcar! Pegue a jarra de leite na geladeira...Ponha-o para ferver em uma vasilha média! Lave bem a garrafa térmica com água bem quente! OLHE O GÁS, menino! Tá pela hora da morte e logo vai subir de preço! Um absurdo!...’
- (Pausa para o meu riso inevitável. Discreto, claro!) –
E as horas correndo...
...Abri as janelas da casa, arrumei minha cama!
Às portas, já escancaradas, fui saindo para ver e confirmar o “brilho do sol” que se projetava sobre as montanhas, no mais bucólico visual dos campos, digno desses rótulos de margarina com direito a vaquinha pastando, riacho ao fundo, galo cantando e verde, muito verde!
Bem...
...Na preocupação em dar mais verossimilhança à esta minha narrativa, passando a descrevê-la no tempo presente; digo que, aqui, nessas terras caboclas e ‘mineiras’, as horas, deliciosamente, custam a passar. É como ter uma notável aquarela viva, diante dos olhos, onde o Grande Autor responsável pela elaboração e distribuição sutil das cores é, na verdade, Alguém que não Se deixa ver. Claro, não se pode vê-lo, nem é preciso, em absoluto! Se faz notável, apenas! - Um ‘SER’ dotado de Infinita Inteligência, muito além da nossa capacidade de compreensão que, aliás, segue sempre, limitada.
O vento sopra suave sobre a vegetação, as flores se mostram belas, como uma ‘dama’ em noites de gala. O azul do céu - Aaahhh, que esplendor! - não tem nada que se compare. Não tem, mesmo!Ao longe, ouço vozes alegres, num diálogo propositalmente disperso e descontraído que se funde ao canto harmonioso dos pássaros, ao “mugir” do gado solto pelo pasto a fora!
É como uma “oração”; um salmo a se recitar!

Vez por outra, essa Paz é interrompida pelo ruído perturbador da ‘moto-serra’ impiedosa, cortante...
...Como se, a cada tronco “rasgado” de uma árvore indefesa, fosse uma pequena parte de meu corpo a se sentir mutilada. Um horror! Mas, é a vida...e “vida rural”, também com seus percalços. Deixe estar...

Não obstante, continuo observador e pensativo...absorto, nesse embalo, já com os pés na terra, cachimbo aceso no canto da boca, fumaça vai...e mais fumaça que vai. A partir daí, bem no alto de meus devaneios, acredito que a figura do saci me acompanha...Ou eu mesmo me proclamo, acidental e quase inconscientemente, como a própria encarnação do saci-de-duas-pernas...Sei, lá!...Pura viagem cósmica pelas vias da batatinha frita!
Ah, deixa quieto! Falo disso, numa outra ocasião...
...No que é mais importante, é incrível a sensação do tempo a se congelar! Acho que os ponteiros emperraram...O som do “tic-tac” ao relógio parece fazer sua pausa!
Não é loucura, garanto!
É só o vislumbrar de um momento raro, quando o espírito se entrega à conexão com as forças da Natureza. Nos faz entorpecidos por essa magia que se chama Universo, tão próximo dos “ávidos” pela Vida e, tão genuinamente distante daqueles que a vêem, mas não a enxergam!...”

Esse texto foi pensado de forma a se fazer ver o contraste entre a insanidade de quem vive em um ambiente conturbado de uma cidade grande e a vida simples do campo, com suas nuances, com sua função natural de nos forçar a ver o que nos custa a enxergar...Enxergar o óbvio...o fluxo do Universo, ao redor, o qual nos passa despercebido à velocidade imperativa que nos submete ao vício pela busca do que é tangível...Do que nos dá ‘status’, posição social ou algo que nos leve a acreditar que seja dignidade. Puro engano! O que nos é tangível é efêmero, passa rápido, desaparece ao piscar dos olhos. Fruto das ilusões...
...Estado imaginário!
Meu ponto-de-vista, em resumo!
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Por: BMFº -
Escrito, originalmente em 22/05/2009 - Sexta-Feira
Transcrito às 05:30h da madrugada de 24/05/2009 - Domingo